sábado, 30 de abril de 2016

Sublimes Divindades

Barbara Leigh
· Nasceu como Barbara Ann Kish a 16 de Novembro de 1946, em Ringgold, Georgia, nos Estados Unidos.
· Com 5 anos, mudou-se com a Mãe mais os cinco irmãos para Miami, na Florida. Um início de vida difícil, que a levou a viver em alguns lares de acolhimento.
· Foi no Tennessee que aos 14 anos conheceu um militar norte-americano destacado numa base em Cuba, com quem viria a juntar-se e a ter um filho, aos 17 anos. Divorciou-se dois anos mais tarde.
· O primeiro emprego foi como assistente médica. E foi numa saída nocturna com uma colega de profissão que conheceu Mark Devlin, o principal responsável pela sua carreira de modelo.
· Foi actriz e modelo. Estreou-se no cinema em 1972 no filme Junior Bonner, contracenando com o namorado da altura, o famoso Steve McQueen.
· Desistiu da carreira de actriz em 1979, desiludida com a indústria cinematográfica.
· Casou-se uma vez, união que durou apenas um ano.
· O momento mais trágico da sua vida deu-se em 1994 quando o seu único filho (Gerry Haynes) faleceu, vítima de SIDA. Barbara nunca perdoou a sí própria o facto de – tal como sucedeu com a própria Mãe – ter sido maternalmente ausente.
· Em 2002 lançou uma auto-biografia, onde confidenciou uma relação com Elvis Presley na década de 70, quando este era ainda casado com Priscilla Presley. Disse a propósito desse envolvimento: "Elvis was the King, and a King has to have his harem, right? I didn't think about him being married or about the many, many other women in his life. When we were together I tried living in the now. The '70's philosophy of Be Here Now"
· Em 2014 retirou-se de funções na Playboy Enterprises Inc., após 17 anos na empresa como Assistente de Fotografia.

"Our lives are relatively short. What we put into this world, we will receive in kind. I see that from living it. The great lesson I have learned is that we are all born to suffer, to feel happiness; but it is how we deal and share with others, and God’s creatures on this planet, that makes us the person we are. I hope I make a difference in others’ lives. I believe that I am a good person who loves life and shares what I can with anyone who has an open heart and loves life."

Pontuação Indomáveis Patifes: 9,0/10

Dos 17 aos 25. O vazio de uma geração.

TV Rural? BBC Vida Selvagem? Reality Show's!

















Regra nº1 - "A culpa não é minha!"
Parece-me injusto culpabilizar de modo primário a conduta de alguém, sem procurar sequer apurar os motivos que geram comportamentos declaradamente reprováveis. Na medida do que nos torna humanos racionais e responsáveis, sabemos perfeitamente que a violência, a intolerância e a ignorância são a fragmentação da sociedade. Na mesma medida, não pretendo fragmentar coisa nenhuma.

Mas não nos escondamos por trás das diferenças económicas e culturais que existem na sociedade. A dignidade não se adquire pelo dinheiro nem por cultura. Quem é pobre não é menos digno de quem é rico, assim como quem tem cultura não se pode considerar superior ao próximo. Embora seja um facto que o acesso à escolaridade assim como o bem estar financeiro permitem uma melhor qualidade de vida, tal não nos iliba do dever de interagirmos no interesse de uma sociedade mais equilibrada. Na prática, uma sociedade que se revê num padrão positivo de boa conduta, é uma sociedade melhor.

Regra nº2 - "Eu sou assim, e tenho orgulho nisso!"
O que observamos no comportamento das gerações jovens é um caso flagrante de responsabilidade das gerações velhas. Nenhum ser humano traz consigo hábitos sociais umbilicais quando vem ao mundo – é o "Mundo" que lhe ensina a ser uma pessoa. Nenhuma pessoa é intolerante ou ignorante porque simplesmente nasceu com "mau feitio", como se de uma questão genética tal se tratasse. O "Mundo" que refiro, nomeadamente os Pais e restante família, os vizinhos, os amigos, os colegas de escola e os professores, são esses os responsáveis pela formação da essência do indivíduo, seja ele apto à maioridade ou não. E é a estes, nomeadamente aos que mais importante papel desempenham (os Pais) que lhes deve ser incutida a obrigação e seriedade no desenvolvimento de quem deles depende.

Regra nº3 - "Conversar? Não tenho feitio para isso!"
Os Pais destes jovens com idades compreendidas entre os 17 e os 25 anos são declaramente responsáveis pelos actuação dos filhos perante a sociedade. Se os jovens são egocêntricos, vaidosos, incultos, agressivos, tal se deve à ausência de património educacional que lhes assiste. É impressionante assistir à dificuldade que esta geração tem em se expressar convenientemente e educadamente. Tão ciosos do culto da própria personalidade, confrontam não o desconhecido (como outrora outras gerações desprovidas de facilidades mas valentes em querer o conseguiam fazer), mas o próximo, com autoritarismo e violência. Não sabem debater, pois a discussão das suas virtudes é o lema que tanto procura esconder as maiores fraquezas que residem na ausência do essencial: o carácter. Um carácter de dimensão similar à quantidade de livros que lêem, seguramente.

Regra nº4 - "Quanto mais, melhor!"
Nesta geração, o indivíduo masculino não tem prazer no cavalheirismo. Mais machistas do que antigas gerações (que tinham muito menos acesso ao conhecimento e desenvolvimento cultural que estes), para eles o lidar com uma jovem da sua idade é tão desafiante quanto o número de horas que passam no ginásio, no facebook ao a beber shot's – quanto mais, melhor. Não interessa a qualidade. E mesmo elas, ciosas da sua independência e conscientes das limitações dos congéneres masculinos, entregam-lhes de bandeja aquilo que outrora se considerava uma virtude. No meu tempo, a virtude era conseguir convencer os Pais a aceitarem o namoro. Hoje, perdoem-me a expressão, os Pais são "montados" e aparentemente deleitam-se com tal costume.

Por isso é que para os "Paizinhos" destas personagens, os filhos são "tão bons meninos".

Sem comentários!


sexta-feira, 29 de abril de 2016

Cultura Geral...



O que representa esta gravura?

Resposta A) Guerra civil norte-americana
Resposta B) Uma obra de arte aleatória
Resposta C) Os meus vizinhos da frente

Os meus fetiches - The Game of Thrones



Ponto prévio: não encontro nenhuma explicação para tal, mas agora que sou adulto é que fiquei fã de jogos de tabuleiro, encontrando-me com admiração no ponto prévio do coleccionismo deste tipo de diversões. Para quem não conhece, The Game of Thrones (em português, a Guerra dos Tronos), é uma série norte-americana inspirada numa colecção de livros intitulada As Crónicas de Gelo e Fogo, cuja narrativa se baseia essencialmente em disputas e hostilidades entre casas reais que disputam a Coroa.

Para juntar o útil ao agradável, este jogo de estratégia faz a fusão com as regras do Monopólio, o que me leva a acreditar que a seguir a uma boa jantarada com amigos, vai ser mais fácil pôr toda a gente a recolher a loiça mais depressa! Uma jogada de mestre!

PS. Devo ser o único Gato com coragem por dar 70€ por este jogo e que nunca viu um episódio da série. Mas pela caixa, pareceu-me justificável. Não me enganei.

O que elas mais procuram...



Nada que a minha intuição não me tivesse já dito. De acordo com um estudo elaborado pelo maior portal do mundo ao nível de conteúdos para adultos e da revista Bustle, dedicada ao público feminino, vídeos que envolvem relações sexuais entre duas mulheres são os mais procurados pelos internautas do sexo feminino. As decorrentes opções são vídeos compreendidos pelos termos "Mature", "Teen", "Large Penises", "Threesomes" e "Female Friendly"... No que respeita aos interesses masculinos, os conteúdos mais procurados são "Amateur", "Threesomes" e "Big Breasts".

O que as mulheres gostam
Em primeiro lugar é preciso assumir para quem ainda não teve a percepção, que este texto é escrito por um homem que se faz valer exclusivamente da sua experiência. Portanto, trata-se de uma opinião que vale o que vale.
As mulheres apreciam o lado mais estético e emocional da vida. O padrão comportamental feminino leva-nos (a mim particularmente) a entender que valorizam de sobremaneira todas as experiências que envolvam uma maior estimulação emocional, no que concerne ao envolvimento com o alheio. A moda, as viagens, a estética, as conversas acerca de relações, o amor, são tudo questões que de sobremaneira lhes agrada e lhes desperta elevado interesse. Aparentemente, o sexo não faz parte.

O que as mulheres (realmente) gostam
Vamos fugir um pouco à zona de conforto. E se tal tiver de ser com a precisosa ajuda de um homem, que seja. Porque nós homens temos de entender de uma vez por todas que temos de nos esforçar com elas.
As mulheres têm uma capacidade de observação e interiorização diferente dos homens. Reparam nos detalhes de um modo mais vasto, analisam sofisticadamente as arestas, e seguramente que pensam muito mais nas consequências dos seus actos do que nós. Há quem diga que levam tudo muito mais a sério. Aceito isso.

As mulheres têm uma capacidade de observação e interiorização diferente dos homens. Reparam nos detalhes de um modo mais vasto, analisam sofisticadamente as arestas, e seguramente que pensam muito mais nas consequências dos seus actos do que nós.

É um facto consumado que a grande dificuldade que assiste ao homem em compreender melhor o mundo das mulheres, reside na sua própria ignorância e prepotência ao básico. Sim, os homens, na sua maioria, são seres humanos desprovidos de capacidade de interpretação e sensibilidade à ode feminina. Com a mesma facilidade que aprendem sobre mecânica ou táticas de futebol, desinteressam-se pelos dissimulados prazeres que mexem com elas. Uma porta que não se abre pelo medo ao desconhecido, mas que as acompanha ao longo da vida. Refiro-me então, ao fruto proibido.

O fruto proibido
"O fruto proibido é o mais apetecido". Tão básico quanto impreciso. Uma frase aceite por muitos mas que carece de conteúdo, pouco esclarece, assim como a maioria dos lugares comuns onde vive enterrado a fonte de auto-conhecimento. "O fruto proibido é o fruto desconhecido". Isto sim, é a realidade. E é nesta realidade pouco perceptível e imensas vezes inalcançável que todo o conteúdo da verdade se manifesta. Não se trata de Mulheres serem diferentes de Homens. No escuridão, todos são cegos assim como todos procuram encontrar algo que os guie. O preço a pagar nunca seria demais se por obra divina tivéssemos o poder de nos tornarmos invisíveis, e que tal nos desse a possibilidade de explorar tudo o que complexadamente não conseguimos assumir.

O preço a pagar nunca seria demais se por obra divina tivéssemos o poder de nos tornarmos invisíveis, e que tal nos desse a possibilidade de explorar tudo o que complexadamente não conseguimos assumir.

As pessoas têm de deixar de viver uma vida tão empenhada no óbvio, na indolente rotina. Preparam-se um ano inteiro para se sentar à mesa no Natal com a família, entregar prendas oferecidas a maior parte contra-vontade pelo dispêndio financeiro, encobrindo a sua incapacidade de sentir prazer na partilha ao refugiarem-se na expressão "isto não está fácil para ninguém". Enquanto isso, investem numa fugaz passagem de ano como bons amestrados que são, brindando platonicamente à mudança, quando horas mais tarde se preparam para o regresso à mediocridade, onde se vive em função de crítica ao próximo e nunca ao sí mesmos.

O conhecimento, a auto-reflexão, as viagens e seguramente o Sexo, são as experiências mais importantes da vida de todos nós. Ler um livro amplia-nos os conhecimento, o que nos faz também questionar o que somos. Ajuda-nos a auto-reflectir. As viagens são o bálsamo da experiência, são o único modo de podermos partilhar ou assumir sempre com experiência de causa, e não apenas em campo teórico. O Sexo, esse, deve ser de uma vez por todas desprovido de amarras morais e conservadoras. Deve envolver-se em fantasia, confrontando sempre o desconhecido – o tal Fruto Proibido.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Lugares Extraordinários - Mendenhall Ice Caves



Existem poucos locais no mundo onde é possível observar a água num dos seus estágios mais puros como genuínos. Um desses lugares é sem sombra de dúvida no Alaska, nas mágicas Mendenhall Ice Caves. Trata-se de um conjunto caves formadas por gelo, situadas no vale Mendenhall, onde a água desliza sobre as rochas debaixo de tetos azuis congelados, acessíveis apenas para aqueles que se aventuram a lá chegar de caiaque, sendo ainda necessário proceder-se a uma escalada para se alcançar um local que tanto tem de inacessível como de maravilhoso.

As Mendenhall Ice Caves apenas existem pelo derreter do glaciar. Como será compreensível, estas não duraram para sempre, estimando-se que existam mais 25 anos.

Existem seguramente métodos mais práticos de lá chegar, seguramente dispendiosos, podendo os transportes de barco e de helicóptero juntamente com a assessoria de guia, ascender a um global de 500 dólares por pessoa. Com cerca de 19 km de extensão, o glaciar Mendenhall foi baptizado em 1892 em homenagem a Thomas Corwin Mendenhall, um destacado Físico que monitorou actividades geográficas e meteorologistas no local, durante os anos 1889 e 1894.

Vintage Art - Men's Adventure



Men's Adventure
era o termo utilizado para definir um género de publicações bastante populares entre as loucas décadas de 1940 a 1970. Focadas a um público-alvo essencialmente masculino, abordavam histórias fantásticas e imaginárias tendo como narrativa de fundo conflitos políticos, guerras ou mesmo viagens aos locais mais inóspitos do mundo. Sempre dissimulados com capas adornadas a conotações eróticas, presentes nas apelativas ilustrações que envolviam mulheres semi-nuas em situações de perigo e tortura, tanto por nazis como mais tarde por comunistas.








O destaque ao heroísmo em cenários de conflito servia manifestamente os interesses políticos da altura, usando tais publicações como ferramenta como invocação de patriotismo perante a Segunda Grande Guerra ou mesmo a Guerra Fria. Estima-se que chegaram a existir cerca de 130 publicações diferentes, publicadas mensalmente.

Um dia na vida de... "O Grande Líder"

O Grande Líder, acompanhado da sua devota comitiva






















Uma das figuras mais controversas da actualidade desportiva em Portugal é sem sombra de dúvida o Presidente do Sporting Clube de Portugal. Amado por uns, odiado por alguns, mas senhor de inegável  profilaxia em relação ao clube que preside. Os Sete Indomáveis Patifes decidiram passar uma jornada ao lado desta controversa personagem, acompanhando-o nas mais diversas actividades no seu azafamado dia-à-dia.

O Grande Líder numa acção pedagógica, elaborando um comunicado






















Todos os dias começam tal como acabam. A averiguação do estado da nação verde e branca não se resume apenas ao que se constata "in-loco" nas instalações do clube, mas também a uma minuciosa pesquisa nas redes virtuais que permitem ao "Grande Líder" acompanhar a par e passo todas as movimentações de clubes rivais, assim como estimular métodos de contra-informação perante os ataques de uma comunicação social sedenta de destabilizar o clube.

O Grande Líder logra grande admiração por todos os adeptos do clube, principalmente o público feminino






















É junto dos adeptos que se constata a dimensão da sua popularidade. Dono de apaixonada devoção à causa Sporting e sempre acompanhado de um discurso incandescente, ao "Grande Líder" atribui-se-lhe a eficácia na união dos adeptos em torno do clube, outrora vítima de depreciada gestão por parte de grupos de capitalistas. Acusando estes de "negligência", promoveu-lhes a chamada Purificação Imperialista, procurando a sua condenação em plena praça pública.

Acompanhando a edificação do tão desejado pavilhão






















Em plena campanha Presidencial, uma das maiores bandeiras do Presidente terá sido a construção de um novo pavilhão onde o clube pudesse usufruir de melhores condições para as suas diversas modalidades. Uma vez mais, fruto da unificação da massa adepta em torno do seu projecto, o "Grande Líder" conseguiu angariar verbas suficientes para tornar o sonho realidade. Hoje é frequente assistir às suas orientações munidas de detalhe em pleno estaleiro de obras, providenciando preciosas indicações a todos os profissões envolvidos no auspicioso projecto, como é possível constatar na fotografia acima.

O Grande Líder sempre disponível às solicitações, mesmo nas brincadeiras com os mais novos






















Portador de sensibilidade e disponibilidade notáveis, este é indiscutivelmente também o representante das novas gerações de adeptos, que depositam nele a esperança de um futuro melhor. Uma linguagem directa e acessível, a abnegação ao conformismo, a referência a grandes batalhas, são o mote e a grande cartada de um homem, todo ele humano, mas magnâmico aos olhos do que o acompanham.

Nota de redação:
Este texto não visa de modo algum a ofensa nem a injúria ao bom nome das pessoas e entidades envolvidas, as quais merecem toda a nossa consideração.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Sublimes Divindades

Carré Brenan Otis
· Nasceu a 28 de Setembro de 1968, em São Francisco, estado de Califórnia, nos Estados Unidos.
· Iniciou a sua carreira de modelo com apenas 16 anos, tendo sido capa de revistas como Elle, Vogue, Cosmopolitan, Harper's Bazaar, Allure, Vanity Fair e Marie Claire. Foi modelo também em marcas como Guess e Calvin Klein.
· Iniciou em 1990 uma curta carreira no cinema, contracenando no filme "Orquídea Selvagem". Dado o conhecimento tornado público acerca do envolvimento com o actor principal – Mickey Rourke –, falou-se que todas as cenas mais íntimas do filme tinham sido reais, algo só desmentido pela modelo/actriz quase 20 anos mais tarde.
· Lançou em 2011 uma polémica auto-biografia, onde refere episódios marcantes na sua carreira modelo assim como no atribulado casamento com Mickey Rourke.

“I never owned a yacht. Or a house even. In fact, some months I couldn’t pay the rent on my apartment. I got some great contracts that paid a lot but I spent money frivolously. Then there’d be months of no work. In the earlier days, I’d often give my all on a shoot — 20 hours with no break — but wouldn’t see a dime. If the client didn’t like my performance then, oh well, my agent didn’t hold the client responsible. I was told to suck it up and take it as a learning lesson. Sometimes I wasn’t paid because the agency felt I owed them — debts from test shoots, portfolio expenses and hotel rooms.”

Pontuação Indomáveis Patifes: 9,0/10

Filmes de uma vida - Wild Orchid



"We all have to lose ourselves sometimes to find ourselves, don't you think?"

Para aqueles que se preocupam em vislumbrar um filme apenas quando a crítica ou opiniões alheias são favoráveis, então a obra "Orquídea Selvagem" não constará na agenda destes. Principalmente se nascidos após a década de 90, indiferentes a importância da Sétima Arte nas décadas de 70 e 80.
E foram de facto essas férteis décadas que em termos cinéfilos marcaram várias gerações de jovens e adultos, assistindo-se a um brotar de filmes que abordavam de modo mais profundo temas controversos, em que no caso das narrativas amorosas envolviam um patamar muito mais carnal e proibitivo que nos clássicos romances de décadas anteriores.

Orquídea Selvagem (1990) não foi de facto a primeira aproximação a relações "proibidas" no cinema. O Carteiro Toca Sempre Duas Vezes em 1981 (adaptação do original de 1946 ), 9 Semanas e Meia (1986) e Atracção Fatal (1987) criaram sem dúvida a base que permitiria o aparecimento desta obra mais tarde, destacando-se das demais por dois inquestionáveis factores: uma bela e desconhecida actriz a representar o alvo de luxúria do irreverente Mickey Rourke, assim como o cenário de fundo passado no paradisíaco Brasil, nomeadamente em Salvador da Bahia e Rio de Janeiro. Um perfil diferente dos cenários urbanos norte-americanos dos anteriores filmes referidos.

Se considerarmos o quotidiano entediante da maioria das pessoas é desprovido de emoção, sonhos e fantasias, existirá sempre uma enorme dificuldade em aceitar que vida tenha situações tanto de improváveis como apaixonantes!

O filme conta a história de Emily Reed (Carré Otis), uma jovem e inocente advogada estagiária oriunda do Kansas, cujo sonho em viajar pelo mundo a leva a acessorar um negócio imobiliário no Brasil, acompanhada pela sua superior, Claudia Dennis (Jacqueline Bisset). Já no Brasil, o negócio que envolve milhões sofre um revés, obrigando Claudia a viajar de imediato para a Argentina, deixando para trás a ingénua estagiária. Hospedada num hotel de 5 estrelas, Emily acaba por conhecer um ex-amante milionário de Claudia, James Wheeler (Mickey Rourke), desenrolando-se a partir daí toda a intriga do filme, conduzida por um impulsivo e traumatizante controlo emocional imposto pelas dificuldades em lidar com sentimentos demonstradas pelo magnata.

Qualquer intelectualóide que se disponha a avaliar este filme poderá considerar a história absurda, impossível de associar à realidade. De facto, se considerarmos o quotidiano entediante da maioria das pessoas é desprovido de emoção, sonhos e fantasias, existirá sempre uma enorme dificuldade em aceitar que vida tenha situações tanto de improváveis como apaixonantes. Que não minha opinião, são magistralmente evidenciadas nesta obra.

Uma nota final interessante; fruto do relação das personagens assim como do envolvimento de todos os magníficos cenários do filme, Carré Otis e Mickey Rourke iniciaram uma relação que durou seis anos, tendo ambos contracenado no filme Exit In Red em 1996.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Ginásios, Wellness & outras mentiras que as pessoas gostam

















Ginásio. Palavra cuja origem advém do termo em Latim Gymnasium. Locais onde na Grécia antiga serviam de local para aperfeiçoamento não apenas da forma física como também intelectual. Como fundamentos assentes em premissas culturais e pedagógicas, por aquí se praticava a disciplina mental, na qual se associava o treino à manutenção da saúde, sendo tal princípio considerado fundamental no desenvolvimento do ser humano.

Os Ginásio actuais. Agremiações desportivas vocacionadas para a prática de desportos, dotadas de salas e equipamentos onde se praticam actividades em grupo ou singulares, sob a supervisão de responsáveis com certificação profissional no âmbito dos ofícios que lhes são inerentes.

O Ginásio que frequento. Negócio mercantilista protegido pelo denominado conceito Wellness (corpo são e mente sã), dotado de excelentes instalações, profissionais certificados e apreciável quantidade de modernos equipamentos, mas que lamentavelmente coloca o sócio frequentador no patamar mais baixo de interesse por parte de toda uma estrutura aparentemente profissionalizada.

Em teoria económica, os negócios existem para gerar retorno financeiro a quem os desenvolve. Ponto inquestionável. Porém, é o interesse em investir no negócio gerado pelo cliente que determina o que é realmente o valor do negócio, partindo do pressuposto que o serviço lhe aparenta mais-valias geradoras de interesse em nele investir, ou por ele pagar. O que infelizmente sucede no caso do Ginásio que frequento, assenta na dificuldade em conjugar num só os interesses do mesmo para com interesses dos Sócios. O Sócio, que paga um valor efectivamente elevado mas compreensível tendo em análise as excelentes condições estruturais e profissionais oferecidas, é sujeito a uma incompreensível ostracização a partir do momento em que se inscreve, pois não lhe são colocados à disposição, de modo intencional, os meios técnicos humanos que o apoiem à prática desportiva desejada. É garantido um género de "Serviços Mínimos" (leia-se por "Serviços Mínimos" a presença de poucos instrutores de sala a prestarem apoio), ineficientes em quantidade para apoiar as solicitações pela lotação do Ginásio na maior parte do horário de funcionamento. Basicamente, e fazendo uma analogia aos cursos de condução, é como se para além de se pagar as aulas de condução também fosse obrigatório pagar ao instrutor para acompanhar as mesmas.

O Sócio, que paga um valor efectivamente elevado mas compreensível tendo em análise as excelentes condições estruturais e profissionais oferecidas, é sujeito a uma incompreensível ostracização a partir do momento em que se inscreve, pois não lhe são colocados à disposição, de modo intencional, os meios técnicos humanos que o apoiem à prática desportiva desejada.

Como se tal não bastasse, a própria conduta apresentada pelos referidos instrutores revela limitações no que respeita à abordagem aos praticantes. Colocando-se como observadores a uma distância estratégica, aparentemente inibidos institucionalmente do contacto sem fins lucrativos, é gerada uma "barreira" entre os mesmos e os Sócios que treinam, entregando os praticantes à sua sorte. E como naturalmente nem todas as pessoas têm o civísmo nem a cultura de interacção suficientes para zelar pelo interesse de todos, tal distanciamento reflete-se em resultados pouco abonatórios no que respeita à arrumação e manutenção de equipamentos, como exemplos primários.

Tudo na vida tem um fim, principalmente quando surgem alternativas que permitam uma mudança. Infelizmente as alternativas que já existem, ao que parece, não são suficientes.

Frases que mudaram o mundo


Mayor: Callahan, I don't want anymore trouble like you had in the Fillmore district. Understand? That's my policy.
Harry Callahan: Yeah, well when an adult male chases a female with intent to commit rape, I shoot the bastard. That's my policy.
Mayor: Intent? How did you establish that?
Harry Callahan: When a naked man chases a woman in alley with a butcher knife, and a hard-on, I take it he's collecting for the Blue Cross.

Filme Dirty Harry, 1971

Lugares extraordinários - Northern Lights Bar, Islândia


Islândia.
Um País em que durante o Inverno os dias duram apenas quatro horas e no Verão, as noite não existem.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

AC/DC, Axl Rose e os Portugueses



Tenho que confessar que os AC/DC nunca foram das minhas bandas favoritas, o que não invalida que os considere como uma das maiores de sempre. Cheguei mesmo a comprar dois álbuns deles quando era mais novo. Pouco, para me considerar um verdadeiro fã. Não obstante, porque não se trata de medir a minha dimensão de apreciação ao grupo australiano, fiquei impressionado com o clima de consternação e verborreia a decorrer nas redes sociais em relação ao facto de a banda ter anunciado que a digressão europeia terá Axl Rose como vocalista, substituindo Brian Johnson devido a problemas de saúde relacionados com audição.

Bem, já não é a primeira vez que o infortúnio bate à porta dos AC/DC no que respeita à voz da banda; Bon Scott, o segundo vocalista (que substitui Dave Evans, considerado como inapto ao estilo pretendido pelos fundadores, os irmãos Angus e Malcolm Young), faleceu em 1980, depois de 4 anos de glória à frente do microfone do grupo. Uma causa de morte por sinal semelhante à de Jimmy Hendrix.

O português nestas coisas gosta de ser "cabrão". Basta identificar uma alínea no contrato para se sentir enganado, mas raramente lê contratos. Gosta de se armar em contestatário quando 99% das situações em que podia fazer valer a sua voz, fica calado à espera que alguém se insurja primeiro.

Uma coisa que quase garanto: A maioria das pessoas que hoje reivindicam a devolução dos bilhetes comprados para a data do concerto em Portugal – 7 de Maio – não conhecem a história da banda nem sequer a descrição no último parágrafo. Uma coisa que não me admira, é a possibilidade dos mesmos nem conhecerem sequer o nome do vocalista substituído por Axl, nem mesmo o conhecimento prévio de que Brian Johnson já estava doente à algum tempo, o que tornaria previsível a sua substituição. E por fim, aposto que os mesmo nunca compraram um álbum de AC/DC.

O português nestas coisas gosta de ser "cabrão". Basta identificar uma alínea no contrato para se sentir enganado, mas raramente lê contratos. Gosta de se armar em contestatário quando 99% das situações em que podia fazer valer a sua voz, fica calado à espera que alguém se insurja primeiro. Negligente em condição e descuidado em conhecimento, o português quando fala, geralmente fala mal. Assim, dá azo ao espectáculo de estupidez que tive o cuidado de retirar de um site. Clique para ler.

Sublimes Divindades

Jo Raquel Tejada, mais conhecida por Raquel Welch.
Nasceu em Chicago, a 5 de Setembro de 1940. Filha de Pai boliviano e Mãe inglesa.
Em 2011 foi considera pela Playboy como nº 3 na lista "100 Sexiest Stars of the Twentieth Century"

Pontuação Indomáveis Patifes: 9,5/10

Portugueses, Snob's e Burgueses - parte I



Portugal. Território ocupado por Celtas, Romanos, Germânicos e Mouros. Após as reconquistas cristãs, formado como condado ora pelo Reino de Galiza, ora pelo Reino de Leão. Segundo a história,  Portugal estabeleceu a sua independência em 1143, como Reino de Portugal, tornando-se a partir do delineamento de fronteiras estabelecido no Tratado de Alcanizes no primeiro Estado-Nação da Europa. "Estado-Nação", um termo proveniente do conceito iluminista "Estado da Razão", estabelecido a partir do interesse de reformar as sociedades utilizando a razão e o conhecimento como pilares do seu desenvolvimento moderno e progressista.

Foi na ascensão europeia dos "Estados-Nações", que os portugueses se tornaram uma vez mais pioneiros, levando o nosso povo a embarcar rumo ao desconhecido, na designada Era dos Descobrimentos. Em síntese, Portugal expandiu-se sobre o mapa em quatro dos cinco continentes, tornando-se a mais importante potência política, económica e militar em todo o mundo, cenário possível pela impulsão de novos conceitos de capitalismo senhorial promovidos pelo Renascimento. Ao contrário do sangrento e escravizante Reino de Castela, o propósito inicial da expansão portuguesa manifestava-se pelo desenvolvimento de trocas comerciais entre o Oriente e a Europa (só mais tarde, no Brasil, se utiliza a escravatura como mão-de-obra).

Toda esta descrição define-se como o lado mais romântico da nossa história, aquele que mais vezes se expõe quando se trata de defender a tese "daquilo que já fomos, ao contrário do que somos agora". Por omissão casual, ou simplesmente desconhecimento, não são referidas as fugas para o Brasil da corte, aquando das várias invasões a que o nosso reinado se sujeitou, posteriormente.
Então afinal, o que é hoje o Português?

O Português não é hoje, o legado de tal período descrito. Alguns consideram que tal é óbvio; séculos se passaram sobre tal independência de descoberta, a monarquia foi afastada definitivamente, hoje existe uma comunidade de estados globais, e por consequência, Portugal na actualidade precisa mais do exterior para se desenvolver do que para se expandir. O problema é que Portugal, pura e simplesmente, não se desenvolve. Portugal, depois de depurar todo o seu desenvolvimento industrial pela dificuldade em acompanhar as mudanças económicas globais em curso após as grandes guerras mundiais, deu-se ao luxo de se manter encolhido no seu canto, servindo-se do que tinha, até mais não ter.

Uma conversa para continuar em breve.

domingo, 24 de abril de 2016

Discriminação sexual... Acho mal!

À esquerda joga-se à bola com cabeças, à direita um registo claramente romântico.





Os monstros afinal também têm sentimentos!
Nunca compreendí o critério adoptado por estas personagens monstruosas brotantes dos filmes de terror clássicos, no que concerne a diferentes interacções entre vítimas homens ou mulheres. Os monstros afinal também têm sentimentos, ou é apenas uma questão hormonal que justifica tão vil discriminação sexual? Venham eles do espaço, do mar, da terra, do esgoto, é identificável um trato bem mais cuidadoso e gentil em relação à vítima feminina, um paradigma diferente do reservado ao alvo masculino. Acho mal!

A todas as entidades monstruosas envolvidas, o meu apelo para uma diferença de tratamento mais equilibrado, faz-cha-vor!

Verdade de La Palice: "Antes um abraço do Monstro que uma carta de amor do homem feio!"

Filmes perfeitos para uma sexta à noite



Ano: Qualquer coisa entre 1950 e 1970.
O género: Terror, obrigatoriamente.
O conceito: Algo semelhante a um pesadelo.
Avaliação IMDB: Sempre abaixo de 4 estrelas (em 10 possíveis).
Nomeações para Óscar's: Impensável.
Propósito: Como se estar em frente ao televisor numa sexta feira à noite já não fosse uma merda, mal por mal, uma merda de filme como cereja no topo do bolo.
Obrigatório: Que a frase "What a fuck!?" nos venha à cabeça várias vezes ao longo da narrativa.

O Veredicto: Attack of the Puppet People
Um médico de nome Franz (What a fuck!?), decide combater a solidão dando largas à sua maior fantasia – reduzir todos os seres humanos à dimensão de algumas polegadas. What a fuck!?

Verdade de La Palice: "Quanto mais merdosa é a obra, maior probabilidade tem esta de se tornar num filme de Culto".

Os 5 maiores Portugueses, pt.1 - Agostinho da Silva



Podemos passar uma vida inteira em incessável insatisfação, procurando o que nos torne um pouco maiores. Maiores do que somos, mais do que acreditamos ser, pois alheios de observação dos outros todos gostaríamos de ser mais do que a realidade dolorosa nos impõe. Até que um dia o próprio destino com as suas conjunturais variáveis, nos coloca perante algo que nos interrompe tal percurso vaidoso e egoísta. Quando pensamos que somos nós que iremos descobrir a solução, a resposta, essa,  já alguém a deu. Nós simplesmente não estávamos lá para ouvir.

E foi de um modo fortuito que um dia este senhor "me descobriu".
Agostinho da Silva foi, em 5 minutos, a pessoa que mais depressa conseguiu conquistar a minha admiração. 5 minutos com ele (a ouví-lo, pois não tive o privilégio de o conhecer), são a chave equivalente a 20 anos do comum mortal.
Descrever em detalhe a sua biografia não faz jus à homenagem que pretendo prestar a este senhor. Porque, como o próprio disse, palavras em livros pouco valem. Uma descrição do extraordinário percurso deste Homem será sempre insignificante, porque simplesmente ao ouví-lo, a nossa vida muda. São homens como este que me devolvem o orgulho nesta nação.

Este é o primeiro de todos




Este é o primeiro de todos os textos. Somos cinco. Como os cinco pontos cardeais. Podíamos até ter sido os cinco magníficos, mas ser patife é bem mais "glamouroso", mais gracioso e em abono da verdade, bem mais interessante.
Cada palavra, vale por um todo. No conjunto, todos somos independentes. Mas no final do dia, no final do mês, no final do jogo, no final da vida... todos somos iguais.

Como diria este velho lobo do mar:
"Há duas coisas que temo.
Um mar sem ondas, e a outra não me lembro."