sexta-feira, 6 de maio de 2016
Dubai - A Utopia do Paraíso
O Dubai é um dos sete emirados que compõem os Emirados Árabes Unidos. Localizado junto à costa sul do Golfo Pérsico, Dubai é a federação monárquica mais populosa do país com cerca de 2,5 milhões de habitantes, tendo como capital a cidade de Dubai. As receitas do emirado são hoje essencialmente provenientes do turismo, sector imobiliário e financeiro, sendo que o petróleo e gás natural contribuem apenas com 6% da sua sustentabilidade, longe dos quase 23% provenientes das actividades relacionadas com imobiliário.
Conseguimos compreender o Dubai?
Como Ocidentais que somos, é-nos difícil compreender o estilo de vida adoptado neste país. Porém, mesmo perante o paralelismo que existe entre o luxo das suas infra-estruturas e a ausência de aplicação de direitos humanos equalitários entre a população, não deixamos de observar com admiração o desenvolvimento que a economia aquí possibilitou, de inegável atracção a qualquer um de nós. Enquanto um violador é julgado pelo crime de "sexo extra-conjugal", o policiamento na cidade é feito a partir de carros como Aston Martin ou Bugatti. Destaca-se uma taxa de criminalidade a rondar os 0%... O que nos parece uma utopia, para eles faz sentido.
Ao mesmo tempo que um violador é julgado pelo crime de "sexo extra-conjugal", o policiamento na cidade é feito a partir de carros de luxo como Aston Martin ou Bugatti. O que nos parece uma utopia, para eles faz sentido.
Não obstante de leis bastante conservadoras, os líderes do país revelam uma extraordinária predisposição à globalização, demonstrando pouca inflexibilidade à entrada de capital estrangeiro no país como também à aplicação dos seus investimentos em negócios um pouco por todo o mundo. Sendo politicamente neutros, assentam na diplomacia uma mais-valia à prosperidade económica.
A sustentabilidade do Dubai
O Dubai como hoje conhecemos, teve o início do seu desenvolvimento após a Guerra do Golfo Pérsico, quando o elevado preço do petróleo incentivou a criação de plataformas turísticas e financeiras, que permitissem o restaurar de confiança a uma comunidade internacional descrente na estabilidade do país. A criação de zonas francas permitiu o ingresso de capital estrangeiro em larga escala, o que levou toda a industria de construção e turismo a explorar novos meios de acompanhar esses interesses.
Mas apesar de ter sido inquestionavelmente o petróleo o grande responsável inicial do seu desenvolvimento, hoje esta matéria-prima representa apenas 6% das receitas do emirado. A decisão do governo em centrar a sua economia nos serviços e no turismo, permitiu tornar o sector imobiliário muito mais valioso. Mesmo o próprio sector financeiro tem hoje uma importância vital na economia do Dubai, tornando-o a segunda força económica no Médio Oriente logo a seguir à Arábia Saudita.
Uma das questões mais frágeis do Dubai prende-se com a sua própria demografia. Com cerca de 2,5 milhões de habitantes, apenas 13% da população é nativa. Demonstram claras dificuldades ao nível de angariação de mão-de-obra, recorrendo obrigatoriamente a outros países providenciadores da mesma. Mesmo a própria ausência de sectores industriais colocam a sua economia mais susceptível ao desequilíbrio.