"Que fique claro que nada tenho contra a polícia, nem tão pouco contra cumprir as leis, porque sempre o fiz. Mas tenho contra a falta de educação”, contou, reiterando que o agente a tratou com “indiferença” e “sorriso de gozo”. “Fiquei ofendida. Fico triste, quer da atitude do agente por não me respeitar, quer da atitude do presidente acima referida. E independentemente da notoriedade ou profissão que refere o presidente da câmara, aqui fica o desabafo de uma cidadã”.
Um facto axiomático. Sempre que observamos à distância (por meio de relato ou de imagens) actuações policiais que visem o restabelecimento de ordem pública, não evitamos um misto de sensações: de incómodo perante a indispensável agressividade do acto, como o endossar de louvor ao papel dos agentes de autoridade. Porém, quando o visado da actuação policial se trata de uma figura pública, a observação alheia torna-se mais sumária: "Tem a mania que é importante, que é mais que os outros, é bem merecido!", uma retórica comum que aufere ao agente a liberdade de punição sob crime de soberba praticado pela delinquente personalidade.
"Tem a mania que é importante, que é mais que os outros, é bem merecido!", uma retórica comum que aufere ao agente a liberdade de punição sob crime de soberba praticado pela delinquente personalidade.
Os portugueses são "tramados". Não resolvem com clareza as situações no momento devido; mas gostam de as prolongar o mais que podem, fazendo uso de consagrados meios para o efeito: o Facebook. Não para ficarem de consciência tranquila, mas para sujeitar o alvo da sua indignação à humilhação arbitral de uma espécie de alcateia lusitana que gosta de falar mal, falar alto, sem falar a maior parte das vezes de um modo correcto.