Tornou-se pública esta semana uma lamentável notícia que apontava um acto de violação colectiva por parte de 33 rapazes a uma jovem de 16 anos, no Brasil. Ao surgirem em redes sociais algumas imagens do facto consumado e filmado pelos agressores, toda a história atingiu uma escala global.
As primeiras informações fornecidas pelos meios de comunicação social, qualificaram o acto como "bárbaro, consumado por 33 criminosos de favela, enquanto a jovem era repetidamente agredida e dopada". Mais tarde surgiram diferentes argumentos que davam conta de um suposto hábito da jovem em procurar relações em grupo, tal como aconteceu no mesmo dia do suposto crime. Surgem agora fotografias cujo propósito é, de algum modo, colocar em causa a idoneidade da rapariga, supostamente por parte de alguns conhecidos da mesma.
Independentemente dos argumentos que surjam, a verdade é que uma situação destas é naturalmente horrível, principalmente para a jovem. Por um lado, estando ela consciente ou não – ou mesmo de livre vontade –, um acontecimento desta natureza (incluindo a exposição pública dos factos) deixa marcas profundas a quem se sujeita. Neste caso, exclusivamente a jovem de 16 anos, naturalmente.