sábado, 18 de junho de 2016

A estátua da Liberdade




Edouard de Laboulaye (Paris, 18 de Janeiro de 1811 - 25 de Maio de 1883), conhecido jurista, poeta e maçom francês, será para sempre recordado como o criador intelectual do monumento conhecido como a "Estátua da Liberdade". Observador atento da política nos Estados Unidos e admirador confesso da sua constituição, terá sugerido em 1865 – após o fim da Guerra Civil norte-americana – a criação de uma estátua em homenagem ao centenário da Declaração de Independência de 1776. Foi com o apoio do seu grande amigo e escultor Frédéric-Auguste Bartholdi, que após 10 anos de trabalho a ideia de transformou em realidade. O nome original da obra é a "Liberdade que Ilumina o Mundo".

Edouard de Laboulaye, Frédéric-Auguste Bartholdi e Gustave Eiffel

Ficou então acordado que os americanos seriam os responsáveis pela criação do pedestal de colocação da obra, enquanto os franceses fariam o transporte de toda a estrutura. O financiamento necessário aos dois projectos foi essencialmente angariado através de diversos eventos artísticos, face às diversas dificuldades económicas que assolavam ambos os países, naquele período.



Várias personalidade norte-americanas moveram-se no sentido de gerar diversas dinâmicas de financiamento, sendo que uma das mais bem sucedidas acções deveu-se a Joseph Pulitzer, o editor do jornal "The World", onde criticou num editorial as classes médias e altas pelo desinteresse demonstrado na angariação de fundos para a construção do pedestal. Uma chamada de atenção que acabou por mobilizar todo o povo a contribuir.  Entretanto em França, Bartholdi teve o apoio de Alexandre Gustave Eiffel (criador da Torre Eiffel) que construiu a estrutura que permitiria a enorme estátua manter-se fixa.



Terminada em 1884, a estátua terá chegado aos Estados Unidos um ano mais tarde, fragmentada em 350 peças individuais afim de possibilitar o seu transporte até à ilha de Bedloe, ao largo de Nova Iorque, que mais tarde foi nomeada Ilha da Liberdade.