quarta-feira, 18 de maio de 2016

Cuidar de um filho sozinho ou a teoria do Ronaldo Super Pai



Uma das tarefas mais difíceis por parte de quem é Pai, será certamente a responsabilidade de educar os filhos sozinho. Não é um cenário muito comum, pois geralmente quando tal acontece, cabe às Mães a detenção de tal compromisso. Reconhecendo que para elas a tarefa seja igualmente exigente e difícil, o cenário ideal seria evitar que tal acontecesse, mas na vida as coisas acontecem...

O super conhecido Cristiano Ronaldo é um desses exemplos. Na responsabilidade de ser Pai e Mãe ao mesmo tempo (que seguramente terá no apoio da família o suporte necessário), lá vai demonstrando aquí e além – por aquilo que as redes sociais nos permitem saber – que se desenrasca. Não me parece suficiente considerar-se o estatuto social e financeiro como a grande almofada para que as coisas corram bem. Terá também de existir a vontade e o reconhecimento no prazer a que a tarefa obriga. Mesmo no imaginário, para a maioria daqueles que desejam ser Pais, tal cenário configura-se como uma tarefa engraçada, até surgirem os primeiros desafios.

Não me parece suficiente considerar-se o estatuto social e financeiro como a grande almofada para que as coisas corram bem. Tem também de existir vontade e reconhecimento no prazer a que a tarefa obriga.

Em precoce idade, a dependência da criança em relação à Mãe é muito maior do que aquela que assiste ao Pai. É á medida que esta cresce, que o papel do progenitor masculino no acompanhar ao desenvolvimento do filho como indivíduo se torna mais importante, numa engrenagem fundamental à integração menos protegida em que a sociedade nos acolhe. A interação com outras crianças, as amizades, as primeiras paixões, a simbiose com outros seres humanos,  são desafios que não se devem menosprezar através da falta de acompanhamento e interesse dos mais velhos para com os mais novos.

As crianças de hoje serão os adultos de amanhã. Partindo do pressuposto que o adulto tem como obrigação de apresentar à sociedade onde se integra o melhor que de sí pode advir, então importante será considerar tudo o que terá aprendido e assimilado ao longo do seu desenvolvimento, ao longo da sua imberbe juventude. O ser Pai está para o filho como o ser humano está para o mundo onde habita.