segunda-feira, 16 de maio de 2016

Barbas grandes em coisas pequenas



Não terei sido seguramente uma das primeiras pessoas a reparar nesta mais moderna tendência masculina: a Estética-Barba-Orgulhosamente-Por-Fazer-à-Quase-Um-Ano. Há modas que vão, assim como há modas que vêm. Há aquelas que duram mais tempo e provavelmente as que não duram tempo nenhum. Depois, existe a histeria colectiva de querer ter estilo suficiente para conquistar o mundo, nem que seja de cuecas...

Não sei onde começou esta moda da Barba por fazer, mas já deu para perceber que os portugueses não foram os únicos pelo globo a adquirir tal hábito. Muito provavelmente esta caracterização facial brotou da embrionagem de um qualquer fashion-adviser, até se tornar um hábito oficial aos dias de hoje. Imagino as vantagens:

- Um rapazito passará a ser um homem.
- Um "beto" passará a ser um rude.
- Um machinho passará a ser um machão.
- Um menino-de-coro passará a ser um insolente.
- Algo que nasceu pequeno depressa a aparentar maior dimensão, e por aí fora...

Tenho uma opinião formada a respeito das Barbas. Perante uma qualquer crise de identidade, bastará deixá-las crescer ao ponto de... Ok.... já percebí! Lembrei-me do filme 300, o tal em que uma minoria de 300 Espartanos lideradas pelo bravo Rei Leónidas resistem heroicamente ao numeroso exército Persa. É isso mesmo!...



Tendo em conta que se trata de um filme de 2006 e esta tendência andará em voga há sensivelmente dois anos, cronologicamente pode fazer sentido. Aliás, três anos antes surge como um cometa um Johnny Depp de barba e bigode na personificação do pirata-palhaço Jack Sparow, figura muito apreciada pelo público feminino, que até então quase ignorava a existência do actor. No fundo, tudo isto para dizer que o homem utiliza a Barba para se mostrar mais viril; tal como no meu tempo quando se ajudava uma senhora a carregar os sacos de compras do supermercado, independentemente se o conteúdo fossem ovos ou tijolos. Assunto explicado.